As agências da Previdência Social em Sergipe continuam sem realizar perícia médica, informa o gerente executivo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no estado, Raimundo Brito. A Associação Nacional dos Peritos (ANMP) resiste a retomar os trabalhos presenciais sob a alegação de falta de condições sanitárias contra a covid-19, o que o governo nega. Segundo Brito, para que seja possível realizar o procedimento, ainda é necessário que os locais passem por uma vistoria dos peritos que constate a condição de trabalho.

Conforme informações do INSS, já houve convocação a nível nacional para que os médicos peritos voltem à atividade. Entretanto, ainda não há previsão de quando isso vai acontecer em Sergipe. De acordo com Raimundo Brito, foi realizada uma perícia nos locais e se constatou que as unidades da avenida Ivo do Prado e do bairro Siqueira Campos, essa última que concentrava o maior número de perícias médicas na capital, têm condições de trabalho.

“Quem determina quando retorna é a associação, ainda não teve essa sinalização e está, infelizmente, com perícia suspensa e sem previsão de retorno dos médicos”, disse o gerente executivo do INSS em Sergipe durante entrevista à Rádio Jornal nesta segunda-feira (21)

Desde o final da semana passada, o F5 News questionou a Superintendência sobre o quantitativo de pessoas que precisam fazer a perícia médica no estado, mas o órgão em Sergipe não tem a informação. Em âmbito nacional, conforme levantamento do jornal Estado de São Paulo, o impasse está prejudicando cerca de 1 milhão de brasileiros que aguardam uma perícia para receber seus respectivos benefícios.

Por conta da pandemia, todos os serviços do órgão podem ser agendados por telefone, menos no caso de perícia médica. Das 16 unidades em Sergipe, apenas quatro ainda não estão em funcionamento, porque os servidores se enquadram no grupo vulnerável à Covid-19, são elas: Capela, Estância, Tobias Barreto e Itabaiana. 

Conforme informações do gerente Raimundo Brito, para que o usuário receba a informação sobre o deferimento da análise, é preciso que seja dada a entrada com toda a documentação pelo site do INSS. 

O prazo para esse processo é de 45 dias. Caso haja a necessidade de complementar a documentação, o processo vai ser analisado. Para isso será necessário que o servidor ligue para o número 135 e agende a verificação posterior.

O governo afirma que cumpriu todos os protocolos para o retorno dos médicos, depois de três meses de trabalho e até consultas a organismos previdenciários de outros países, e que foram comprados equipamentos de proteção individual e coletiva para o atendimento.