Projeto “Eu Africanizo Sergipe” quer igualdade racial
Entretenimento 27/01/2012 16h31Por Fernanda Araujo
O projeto “Eu Africanizo Sergipe”, fruto do festival fotográfico que aconteceu no Estado de São Paulo pelo grupo Wapi Brasil, toma força nas ruas sergipanas. O movimento em Sergipe iniciou no dia 13 de novembro de 2011, e segue até o dia 13 de maio deste ano, com ensaios fotográficos, depoimentos áudio visuais, palestras, encontro cultural, shows e debates.
Os idealizadores do projeto em Sergipe são os MC’s do grupo Tríplice Aliança e Mensagenegra, Anderson Passos conhecido como Hot Black e Marcos Santos, o Marcão. O objetivo é buscar a valorização da raça negra e tentar discutir ações que podem incluí-los no espaço social e político, aplicando essas ações em todos os estados brasileiros.
“A ideia é tentar buscar pessoas em lugares onde há a presença da África. É a necessidade real de se ver como negro mesmo não sendo. Quando a gente diagnosticou em Sergipe a presença de negros eximidos de poder de participação, dentro das periferias e penitenciárias, tivemos a necessidade de trazer esse projeto para cá”, disse Hot Black.
De início, o projeto conta com a participação da população, sendo negros ou não, para os ensaios fotográficos. Mais tarde os responsáveis divulgarão a agenda de pequenas e médias atividades nas redes sociais, TV, rádio e no blog www.euafricanizosergipe.blogspot.com, como debates, exposição das fotos, vídeos, palestras, shows e discussões da Lei 1639 e a Lei de Cotas.
“Ainda não temos igualdade racial e não devemos ter vergonha de se afirmar negro. A gente convida as pessoas a reconhecer a raça negra e respeitá-la. Queremos igualdade de espaço na política, na mídia, nos lugares públicos. Vamos discutir porque aqui o Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, não é reconhecido como feriado, diferente de outros estados. A nossa proposta é que vire feriado”, argumenta.
São parceiros diretos a Nação Hip Hop Brasil, a Fundação Aperipê que cedeu o espaço de TV e rádio, o grupo ROTA e o Prata Preta Produções. De acordo com o MC e também apresentador do programa Estação Periferia muitas pessoas se propuseram a participar da campanha fotográfica, além disso, muitos foram convidados por blog, redes sociais e telefone. Já os depoimentos áudio visuais do projeto logo serão viabilizados na TV e internet, a fim de transmitir um olhar sem preconceitos.
“Cada um pode fazer a sua campanha de acordo com a sua afirmação étnica. Esse projeto é que para que no fim a gente construa uma sociedade de forma horizontal. Para provocar uma discussão interna, saber o que o negro precisa. Estamos dando o sangue para unir a imagem da pessoa à campanha. A pretensão é de realizar outros projetos como esse”, resume.
Eu africanizo São Paulo
A campanha educativa deu início em São Paulo pelo grupo Wapi Brasil, com o título “Eu Africanizo São Paulo”, entre os dias 12 e 14 de agosto de 2011. “Fomos convidados a ir no ano passado a São Paulo. Depois disso a gente começou a pensar como trazer para Sergipe. Vimos que em São Paulo é restrito o acesso à TV e à rádio. Aqui a gente conseguiu esse espaço. Isso mostra a maturidade e o avanço, tanto é que o apoio para esse projeto é fruto de parcerias anteriores”, relata.
Foto: Divulgação
Apresentação ‘Brasil e suas origens’ será realizado no Teatro Tobias Barreto
Caminhões iluminados levarão o espírito natalino por diversos pontos da cidade a partir das 18h
Stand up protagonizado pelos ex-jogadores será apresentado nesta quinta (21), no Shopping Jardins
Braileiros acreditam na possibilidade de que a artista concorra a uma estatueta no próximo ano
A influenciadora Virginia Fonseca revelou que come 10 ovos no café da manhã