Jorge de Altinho: 'o forró é uma festa popular e para todos os gostos'
Em entrevista ao F5 News, cantor pernambucano exalta a democracia dos festejos juninos Entretenimento | Por Daniel Soares 22/06/2024 03h24 - Atualizado em 22/06/2024 03h27O cantor e compositor pernambucano Jorge de Altinho tem seu nome gravado na história da música e dos festejos juninos do Nordeste. Com quatro décadas de carreira, conviveu com nomes como Dominguinhos, Raimundo Fagner e, ninguém mais, ninguém menos, que Luiz Gonzaga.
Mas o que poucos sabem é que Jorge de Altinho foi um inovador na sua geração. Ele foi o primeiro a incluir no forró um elemento até então nunca utilizado: os “metais” – instrumentos metálicos de sopro como sax e trombone, que atualmente são bastante comuns nas melodias forrozeiras.
Como um inovador, e com as credenciais que o colocam como um bom analista das mudanças que ocorrem a cada geração, Jorge não vê como negativas as transformações de ritmos que ocorrem nos festejos juninos atuais.
Em uma conversa rápida com o Portal F5 News antes de sua apresentação na noite desta sexta-feira (21), no Arraiá do Povo, na Orla de Atalaia, em Aracaju, o artista disse preferir os sons de outras épocas, contudo, defende que há espaço para as novidades que surgem.
“Eu, particularmente, gosto de um forró daqueles antigos. Mas tem para todos os gostos. Para todos os públicos que vão para essa festa, porque o forró é uma festa popular e para todos. Junta essa gente toda, com muita alegria, e fica uma festa bonita”, assegura.
A análise tem sentido. O forró passou por mudanças ao longo dos anos e foi se reinventando. Na mesma noite em que Jorge se apresentou no Arraiá do Povo, subiu ao palco o cearense Matheus Fernandes, que trabalha com uma mistura de ritmos, temperando seu som com batidas de funk e sertanejo.
Para Jorge, o importante é que todos tenham a oportunidade de atender o desejo do público, que também é variado, destacando o forró como um movimento democrático. “Tem espaço para todo mundo. Espaço para os novos e os que já estão na estrada há mais tempo”, afirma.
“É uma coisa legal, porque as pessoas vêm me assistir, vêm assistir o artista mais novo, com uma nova proposta. Isso é muito bom, porque o artista quer cantar e o público dele também está ali”, completa o cantor.