Após dois anos sem Fasc, sergipanos e turistas comemoram retorno da festa
O evento foi suspenso por conta da pandemia e este ano chega a sua 37ª edição Entretenimento | Por Ana Luísa Andrade 02/12/2022 10h00Após dois anos de suspensão por conta da pandemia de Covid-19, o Festival de Artes de São Cristóvão (Fasc) está de volta. E o primeiro dia de evento, nesta quinta-feira (1º), já recebeu a visita de sergipanos e turistas que estavam com saudades da festa.
Esse é o caso dos amigos Icaro Mateus e Beatriz de França, ambos de 23 anos. Ele é de natural de Aracaju e ela de Palmeiras, na Bahia, mas os dois moram no bairro Rosa Elze, em São Cristóvão, por conta dos estudos na Universidade Federal de Sergipe (UFS).
Mesmo já vivendo na cidade onde ocorre o evento, este ano eles decidiram alugar uma casa no Centro Histórico, para aproveitar melhor todos os dias de festa.
“Eu acho que recentemente a gente passou por muitas coisas que marcaram nossas vidas, e agora a gente tem um momento para voltar a essa dinâmica de viver, de sentir a emoção da vida. E eu gosto muito de música, então resolvi ficar aqui para marcar essa fase de fim de ano, de superação”, explicou Icaro ao F5 News.
Ele acrescentou que essa é sua segunda vez no Fasc, e nesta edição ele está ansioso especialmente para o show de MC Tha, neste sábado (3).
Assim como Icaro, sua amiga Beatriz também já vivenciou o evento outras vezes, e este ano decidiu permanecer na cidade durante os quatro dias para aproveitar a festa e, principalmente, o show de Emicida, no domingo (4).
“Eu quero curtir muito, porque a gente enfrentou um período muito doloroso, ficando em casa, e agora, voltando, a expectativa é de que seja muito bom, aproveitando ao máximo com os amigos”, disse a estudante.
E também teve quem veio de longe especialmente para curtir o evento. A jornalista Luana Feldens, de 36 anos, é gaúcha e atualmente mora em São Paulo, mas já morou em Sergipe durante oito anos. Frequentadora assídua de festivais, ela contou ao portal que o Fasc é um dos seus favoritos, e este ano veio para aproveitar os quatro dias.
“Este ano eu organizei toda a minha agenda para poder estar aqui no Fasc, porque é um dos festivais mais bonitos que eu participei e que eu tenho muito carinho. Essa coisa de ele ser nas ruas, ser aberto ao público. É um festival que bota a cidade inteira para interagir, tanto os comerciantes como a comunidade de São Cristóvão”, disse a jornalista.
Luana acrescentou que está muito empolgada para assistir aos shows dos artistas locais que compõem a programação do evento, pois, desde que se mudou para São Paulo, ainda não conseguiu revê-los.
Sandyalê, Mestre Madruguinha e Táia são alguns dos nomes mais esperados por ela. “São artistas que eu acompanhei do início, antes de ir embora daqui, e eu tenho muita curiosidade de ver o amadurecimento do trabalho e como estão essas bandas”, afirmou a jornalista.
Festival de Artes de São Cristóvão
A primeira edição do Fasc ocorreu em 1970 e foi palco de grandes artistas sergipanos e nacionais. O evento foi descontinuado em 2005 e retomado apenas em 2017, revivendo a programação cultural da Cidade Histórica.
Além de atrações musicais, o festival conta com exposições culturais sobre os mais diversos temas.
Por conta da pandemia de covid-19, o evento estava suspenso há dois anos, e sua última edição foi realizada em 2019.
Este ano, o festival ocorre de 1º a 4 de dezembro. Confira a programação completa.