Acusado de assédio contra filha da namorada, pastor é preso em Socorro
O investigado foi abordado pela polícia quando conduzia um veículo em Aracaju Cotidiano | Por F5 News 21/09/2023 08h13 - Atualizado em 21/09/2023 08h18Suspeito de assédio sexual a uma adolescente, um pastor foi preso em Nossa Senhora do Socorro, na região metropolitana de Aracaju. A informação foi confirmada e divulgada pela Polícia Civil nesta quinta-feira (21).
O pastor também é assessor parlamentar na Câmara Municipal de Socorro e candidatou-se ao Conselho Tutelar do município. A vítima do assédio é filha da namorada dele, conforme noticiou o F5 News.
De acordo com a Polícia Civil, o investigado foi abordado quando conduzia um veículo na avenida João Ribeiro, no bairro Santo Antônio, zona norte de Aracaju. No momento da abordagem, ele estava acompanhado de duas mulheres.
“Após dar voz de prisão, o delegado Paulo Márcio determinou a condução do investigado até a Central de Flagrantes. O telefone celular do suspeito foi apreendido e será encaminhado ao Instituto de Criminalística (IC) para realização de perícia e extração de dados”, disse a PC.
Sobre o caso
As investigações foram conduzidas pela Delegacia Especial de Atendimento a Grupos Vulneráveis de Nossa Senhora do Socorro (DAGV). A adolescente foi ouvida durante um depoimento especial, com a presença de uma psicóloga, na DAGV.
"Nós constatamos que o assédio teve início há cerca de dois anos, quando o pastor evangélico começou a se relacionar com a mãe da vítima e a dormir ocasionalmente em sua residência, situada no Conjunto João Alves Filho", informou o delegado Paulo Márcio.
Ele teria abordado a vítima com o envio de mensagens de WhatsApp. Segundo o DAGV, das mensagens ele passou a realizar toques físicos e carícias contra a vontade da adolescente. "Bem como declarações de amor e pedidos insistentes para que a vítima deixasse a porta do quarto aberta quando fosse dormir", detalhou o delegado.
De acordo com Paulo Márcio, o pastor costumava apagar as mensagens logo após enviá-las, para que não chegassem ao conhecimento de outras pessoas. "Todavia, algumas das mensagens comprometedoras foram 'printadas' pela vítima, que denunciou os abusos ao pai no final do mês de julho deste ano. Ao inquérito, também foi anexado um áudio enviado à vítima pelo autor, que reforça o teor dos demais elementos probatórios", revelou.
O que diz a lei
De acordo com o Superior Tribunal de Justiça (STJ), passar a mão no corpo de menor de 14 anos ou realizar qualquer ato libidinoso com intenção de satisfação sexual, configura o crime de estupro de vulnerável, previsto no art. 217-A do Código Penal, sob pena de reclusão de 8 a 15 anos.