Morte de homem por asfixia em abordagem da PRF tem repercussão nacional
Políticos, intituições e figuras públicas cobram uma resposta do poder judiciário Cotidiano | Por Antonio Cardoso 26/05/2022 20h53 - Atualizado em 27/05/2022 01h09Um dia após a abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que acabou com a morte de Genivaldo de Jesus por asfixia no interior sergipano, políticos, instituições e personalidades cobram justiça e uma resposta das autoridades.
A Prefeitura da cidade de Umbaúba, na região sul de Sergipe, onde tudo aconteceu, divulgou em nota que “repudia a conduta dos agentes” e que prestou solidariedade à família de Genivaldo.
Políticos sergipanos se somaram aos revoltados pelo acontecido, como os senadores Alessandro Vieira (PSDB) e Rogério Carvalho (PT), e o deputado federal Fábio Mitidieri (PSD).
O trabalho policial é complexo e arriscado. Exige capacitação e equilíbrio. Nada justifica a sequência de erros que causaram a morte de um cidadão em Umbaúba/SE, durante ação da PRF. Presto total solidariedade aos familiares da vítima e aguardo a posição da Justiça sobre o caso.
— Senador Alessandro Vieira (@Sen_Alessandro) May 26, 2022
O padre Júlio Lancelotti, figura conhecida por seu trabalho de assistência às pessoas em situação de vulnerabilidade nas ruas de São Paulo, também postou em suas redes sociais o sentimento de revolta.
#JustiçaPorGenivaldo permanece no topo dos assuntos mais comentados do país no Twitter com milhares de menções somente no dia de hoje.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) seccional de Sergipe também se pronunciou sobre o caso e solicitou uma reunião emergencial com a superintendência da PRF, bem como sugeriu o afastamento imediato dos três profissionais envolvidos, o que ocorreu nesta quinta-feira (25).
Relembre o caso
Genivaldo Nascimento de Jesus Santos, 38 anos, morreu asfixiado, segundo laudo divulgado pelo Instituto Médico Legal (IML), após ser preso no porta-malas da viatura da PRF, enquanto uma bomba de gás lacrimogêneo era liberada.
Manifestantes fecharam os dois sentidos da BR-101, no município de Umbaúba. O protesto reuniu a população local insatisfeita e revoltada com o ocorrido.
A PRF já havia se pronunciado por meio de nota e declarou que “foram empregadas técnicas de imobilização e instrumentos de menor potencial ofensivo para sua contenção e o indivíduo foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil em Umbaúba” .
A Polícia Civil de Sergipe colheu, nesta quinta-feira (26), depoimentos de familiares e testemunhas sobre a abordagem que matou Genivaldo, mas não foram ouvidos os agentes da Polícia Rodoviária Federal envolvidos no episódio, cuja investigação foi entregue à Polícia Federal.
Estagiário sob supervisão da jornalista Monica Pinto