Caso Genivaldo: quarto dia de julgamento ouvirá cinco testemunhas
Viúva de Genivaldo prestou depoimento durante o terceiro dia. Outras 25 pessoas ainda serão ouvidas Cotidiano | Por F5 News 29/11/2024 09h25Teve início na manhã desta sexta-feira (29) o quarto dia do Tribunal do Júri que está julgando três ex-policiais rodoviários pela morte de Genivaldo de Jesus Santos. A previsão é de que no dia de hoje sejam ouvidas cinco testemunhas.
O julgamento está acontecendo no Fórum da cidade de Estância, no interior de Sergipe. Das cinco pessoas que prestarão depoimentos nesta sexta, três foram listadas pelo Ministério Público Federal e pela assistência de acusação e duas pela defesa de William Barros.
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Viúva prestou depoimento
O terceiro dia de julgamento terminou por volta das 19h07 desta quinta-feira (28). Foram realizadas as oitivas com quatro testemunhas, entre elas, a viúva de Genivaldo e uma irmã da vítima.
A médica que atendeu Genivaldo, quando ele foi levado ao hospital, após o ocorrido, também foi ouvida nesta quinta, além de uma pessoa que estava passando no local, na hora que Genivaldo já estava imobilizado pelos então PRFs.
Após os testemunhos, foi exibido um vídeo com um depoimento do psiquiatra que acompanhava Genivaldo, desde 2004. O depoimento foi concedido na primeira fase do processo. O médico faleceu recentemente, por isso o vídeo foi exibido.
O Tribunal do Júri irá decidir sobre a culpabilidade ou não de Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Kléber Nascimento Freitas e William de Barros Noia, os três ex-policiais rodoviários federais acusados do homicídio de Genivaldo. Eles respondem pelos crimes de tortura e homicídio triplamente qualificado.
Ao todo, 10 pessoas já foram ouvidas. De acordo com o cronograma de trabalho, ainda faltam 25 testemunhas prestarem depoimentos. Em seguida, os réus serão interrogados. Após isso, serão abertos os debates, a réplica, a tréplica e, por fim, a votação da sentença.
Relembre o casoGenivaldo de Jesus foi morto após ser abordado por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) por pilotar uma moto sem capacete em Umbaúba, no interior de Sergipe, em maio de 2022. Ele foi imobilizado e preso no porta-malas de uma viatura durante ação truculenta dos agentes.
Imagens feitas por testemunhas mostram que, após ser detido, os policiais jogaram gás lacrimogênio dentro do carro. A vítima chegou a se debater com as pernas para fora da viatura, mas os policiais o mantiveram preso dentro do veículo forçando a porta.
De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Sergipe, Genivaldo morreu por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda. A vítima não apresentava nenhum tipo de perigo aos policiais, não estava armada, não tinha passagem pelo sistema prisional e fazia tratamento para esquizofrenia.