Advogada diz que suspeita de ocultar corpo em geladeira não recebia benefício
Segundo ela, 'suposição não tem lógica', inclusive por necessidade da prova de vida Cotidiano | Por F5 News 26/09/2023 15h10De acordo com a advogada Katiúscia Barbosa, que defende a técnica de enfermagem investigada por ocultar um corpo por sete anos dentro de uma geladeira em um apartamento de Aracaju, a suspeita não recebia o benefício previdenciário ou qualquer outro por parte da vítima.
"As pessoas acham que ela recebia algum benefício do homem com quem ela se relacionava, mas essa suposição não tem lógica", afirmou Katiúscia em entrevista ao portal g1 Sergipe.
Segundo ela, a cliente informou que o homem não era aposentado e, portanto, a técnica de enfermagem não teria acesso a esse dinheiro. “Até porque quem é aposentado precisa fazer a prova de vida, que é anual, e se fosse por causa de dinheiro, o benefício só teria sido recebido até, no máximo 2017, um ano após a morte dele”, detalhou a advogada.
Ela também informou durante a entrevista que eles estavam juntos desde 2008. "O último emprego dela foi em 2021. Também não há relatos de reclamações sobre a suspeita. Ela era uma boa mãe e sua filha era bem tratada, apesar de viver em um ambiente insalubre", disse.
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Relembre
No dia 20 de setembro foi encontrado um corpo dentro de uma mala, no interior de uma geladeira em um dos apartamentos de um edifício situado na rua Leonel Curvelo, no bairro Suissa, em Aracaju (SE). O cadáver já estava em estado de decomposição e não foi possível identificar o gênero, disse na ocasião a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de Sergipe.
A técnica de enfermagem, de 37 anos, foi detida e teve a prisão preventiva decretada. Por conta da necessidade de estabilização, a mulher foi encaminhada ao Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Sergipe, onde está à disposição da justiça.
De acordo com a Polícia Civil, o DHPP já conta com a versão apresentada pela investigada e instaurou inquérito policial para chegar à identidade da vítima - ainda não divulgada oficialmente -, as circunstâncias da morte e a autoria do homicídio.
As investigações contam com as perícias dos institutos de Criminalística (IC), de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF) e Médico Legal (IML), vinculados à Polícia Científica.
“A mulher confessou que havia guardado o corpo daquele senhor dentro da geladeira. Ela fala que não matou a vítima e que teria saído para trabalhar e encontrado o homem morto. Por medo, ela guardou o corpo na geladeira. Ela disse que o fato teria ocorrido em 2016”, disse a delegada Roberta Fortes.