Confira a primeira parte do Top 10 de ‘Levando a Série’ em 2021
Ranking demonstra diversidade de gêneros a chamarem atenção dos leitores Blogs e Colunas | Levando a Série 12/12/2021 21h30 - Atualizado em 12/12/2021 21h46Final de ano é tempo de retrospectiva. Não vi nenhuma em 2020, para não reviver tantos momentos difíceis na maior crise de saúde pública do país. Felizmente, a vacinação mostra sua efetividade e há esperança de nos despedirmos de uma ameaça que matou, só no Brasil, mais de 620 mil pessoas.
Dito isso, lá vai a primeira parte do que, a rigor, não chega a uma retrospectiva de Levando a Série neste ano. É mais um ranking das colunas, solicitado ao F5News inicialmente para acompanhamento próprio, de modo a balizar o que atraiu o interesse do público em maior proporção. Quanto ao top 10, se não chega a me surpreender por completo, tampouco se alinha à obviedade.Hoje vocês conhecem da sexta à décima posição. Fico na torcida que esse movimento possa despertar novos interesses, afetos, conexões e... cliques. Aos leitores e leitoras que nos acompanharam, um forte abraço repleto de gratidão. A quem está conhecendo este espaço agora, bem-vindo(a) e vem comigo!
10º - ‘Filmes que marcam época’ é uma dádiva da telinha aos fãs da telona, publicada em 14 de novembro
Gostei muito dela constar no top 10 porque, ao escrevê-la, lamentei que faltasse espaço para comentar o episódio relativo a um filme que deixei de fora, até porque sobre ele teria demais a dizer: “Aliens, o Resgate”. O primeiro filme da franquia, de 1979, foi dirigido por Ridley Scott, que amo especialmente desde “Blade Runner”. Mas o segundo, cujos bastidores são foco da série documental, estreou em 1986, com roteiro e direção do genial James Cameron. Sempre foi o mais relevante, penso eu, justamente pelo rumo adotado por esse Midas hollywoodiano, que a mim nunca decepcionou.
A tenente Ripley, personagem principal também do primeiro filme, se afeiçoa de imediato a uma menininha, Newt, única sobrevivente do massacre alien que a torna órfã. Ripley, decidida a proteger a criança a qualquer custo, se lança a uma batalha direta contra a maior das fêmeas aliens, a Queen (Rainha). James Cameron vai muito além do enredo “humanos versus ETs malignos”. Entregou ao público um instinto maternal levado ao extremo pelas circunstâncias e, com isso, deixou suas digitais na obra. A perfeita interpretação da atriz Sigourney Weaver como protagonista fez de “Aliens, o Resgate” um filme que marcou época e a mim, em particular.Vários episódios da série documental têm desfechos cheios de emoção e sabedoria. Neste, Sigourney registra o divisor de águas estabelecido por sua personagem, quanto ao perfil rotineiro de papéis femininos. Reproduzo um trecho: “Naquela época, por alguma razão, os estúdios preferiam manter as mulheres de um jeito tradicional. Poderia ser corajosa, mas teria que chorar um pouco num canto, cenas de coitadinhas. Mas o que Ripley mostrou foi uma mulher cumprindo seu dever. E foi muito mais familiar e tocante para o público do que talvez para Hollywood. Muitas coisas mudaram depois disso. Os estúdios perceberam que o público gostava muito de mulheres fortes”. Ainda bem, digo eu.
9º - Dois desdobramentos de histórias que ficaram à altura dos originais, publicada em 8 de janeiro
Esta abordou Cobra Kai e Young Sheldon (Jovem Sheldon), inquestionavelmente duas derivações muito bem-sucedidas. A primeira traz à atualidade, adultos e pais, os adolescentes que protagonizaram a franquia cinematográfica “Karatê Kid”, iniciada em 1984. A segunda volta ao passado, para a infância do físico Sheldon Cooper, um dos personagens principais da deliciosa série de comédia The Big Bang Theory.
Sobre ambas, há atualizações: a quarta temporada de Cobra Kai estreia na Netflix no próximo dia 31. Exatamente nessa data, Young Sheldon deixa o catálogo da GloboPlay, que exibe apenas três temporadas. Migrou para a HBOMax, detentora dos direitos das produções Warner, o caso da série, lá disponíveis as cinco temporadas, com renovação garantida para mais duas.8º - Quando crimes compensam e o público tende a torcer pelos “bandidos”, publicada em 22 de janeiro
A gente comentou um dos maiores sucessos de todos os tempos – La Casa de Papel, produção espanhola – e a recém-lançada à época Lupin, série francesa cuja “parte 3” a Netflix anuncia com estreia “em breve”.
O criador de La Casa de Papel, Álex Pina, disse numa entrevista à plataforma, divulgada pela CNN Brasil, que o projeto inicial era de duas temporadas. Não admira ter feito jus a tamanha sobrevida. “Atualmente, as partes 4, 3 e 5 ocupam, respectivamente, os 2º, 3º e 4º lugar no ranking das 10 séries de língua não-inglesa mais populares da Netflix. A lista é feita com base nas horas vistas nos primeiros 28 dias do título na plataforma. La Casa de Papel perde apenas para outro fenômeno mundial: Round 6”, diz a reportagem da CNN.
A temporada final da série foi lançada em duas partes – cinco episódios em 3 de setembro e os cinco restantes no dia 3 passado. Assisti o derradeiro neste domingo. Achei excelente, todo encaminhamento se mostrou coerente com tudo anteriormente narrado na história que catapultou o interesse mundial pelas produções da Espanha e, numa saudável extensão, pelas de língua espanhola. Para quem já está com saudades - meu caso -, a Netflix confirmou uma nova produção no universo de La Casa de Papel, o spin-off “Berlim”, que conta a história do personagem título, antes de cometer o primeiro crime na série original. Sorte do ator Pedro Alonso, cuja carreira ganha novo embalo. Com lançamento previsto para 2023, resta-nos conferir se a proposta vai mesmo vingar.
7º - Expansão da consciência e como ela pode ajudar cada pessoa e a sociedade, publicada em 12 de fevereiro
A coluna sugeriu duas minisséries documentais. Classifiquei a brasileira Consciência ao Cubo, do cineasta e diretor Renato Barbieri, como um “manancial de evolução”. Para cada episódio, há um eixo temático respectivo: A Consciência em Si; A Consciência do Outro; A Consciência da Rede da Vida; A Consciência na Ciência e, por fim, A Consciência de Gaia. Gostei imensamente.
A segunda foi Guide to Meditation (Guia para Meditação), uma parceria da Netflix com a plataforma Headspace, lançada em janeiro. Pouco depois, em abril, já chegava ao público outro produto conjunto, o Guia para Dormir Melhor, que não cheguei a ver. “Os episódios desfazem conceitos equivocados, apresentam algumas dicas e terminam com um relaxamento guiado”, resume a sinopse.
6º - Billions mostra a força da grana que ergue e destrói coisas belas, publicada em 5 de novembro
Enquanto escrevia esse texto, o canal por assinatura norte-americano Showtime divulgou o trailer da sexta temporada de Billions, com estreia programada para 23 de janeiro nos EUA. No Brasil, a série integra o catálogo da Netflix que, até onde pesquisei, ainda não se manifestou sobre data de lançamento. Uma reviravolta no fim da quinta temporada deixa em suspenso a dinâmica do enredo a partir dela, mas qualquer comentário seria spoiler, razão pela qual paro por aqui.
Na próxima semana, as cinco colunas de maior repercussão em 2021. Uma ótima semana para todos e todas, com muita paz e amor.
Monica Pinto é Jornalista, editora do portal F5News, mestre em Comunicação pela Universidade Federal do Paraná e viciada em séries
E-mail: monica.pinto@f5news.com.br
O conteúdo e opiniões expressas neste espaço são de responsabilidade exclusiva do seu autor e não representam a opinião deste site.