Rogério Carvalho é contra porte de armas e defende menos impostos para trabalhadores
Petista diz ter sido prejudicado por pesquisa em 2014 e se sente “mais preparado” hoje Política | Por Milton Alves Júnior e Will Rodriguez 14/09/2018 11h55 - Atualizado em 14/09/2018 12h13Candidato pela segunda vez consecutiva ao Senado Federal, Rogério Carvalho, atual presidente do Partido dos Trabalhadores em Sergipe, é aracajuano, começou sua atuação política no movimento estudantil enquanto cursava medicina na Universidade Federal de Sergipe, tendo sido presidente do Centro Acadêmico (Camed) e da Direção Nacional dos Estudantes de Medicina (DENEM). Entre 2001 e 2006, Rogério ocupou o cargo de secretário municipal de Saúde.
Foi eleito deputado estadual em Sergipe nas eleições de 2006; em seguida assumiu a Secretaria de Estado da Saúde, onde permaneceu até se eleger deputado federal em 2010.
O petista é o quinto candidato ao Senado a participar da sabatina democrática promovida pelo portal F5 News junto aos seis melhores pontuados de acordo com a última pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope).
F5 NEWS – O senhor perdeu a eleição de 2014. O que faltou naquele momento? E o senhor acredita estar mais preparado nesse momento, por quais razões?
F5N - Muito se fala sobre uma reforma tributária que favoreça a produção em detrimento da especulação, e que seja mais justa e menos burocrática. O que o senhor pensa sobre isso?
Rogério Carvalho - Quem ganha um salário mínimo, ou uma família que possui duas pessoas recebendo um salário mínimo; esse casal compra uma geladeira que custa 1.900 reais e eles pagaram 15% de imposto, portanto, R$ 285; suponhamos que eu, servidor público com dois vínculos recebo 20 mil reais, 285 significa o quê para mim no ponto de vista percentual? E na renda desses trabalhadores significa quanto? Então devemos começar por aí.
Quem mais paga imposto proporcionalmente é quem menos ganha. Tudo tem um tributo sobre o produto industrializado; na hora que o trabalhador de salário mínimo compra qualquer coisa, ele sempre vai pagar mais que qualquer outra pessoa que ganha mais que ele. A missão é saber como desonerar e remover o imposto que você compra, ou como diminuir os impostos desses produtos que você adquire.
A outra questão é saber como tributar quem ganha dinheiro com dinheiro; por exemplo: eu sou acionista de uma empresa e recebo de dividendo três milhões e meio no ano e não pago nada de imposto. Isso não é justo, mas é assim que funciona no Brasil. Trata-se de uma equação complexa porque nós possuímos tributos municipais, estaduais, federais e contribuições. É preciso se discutir uma maneira eficaz e justa para todos, igualitária e democrática.
É preciso escalonar e dividir mais as faixas de contribuição de imposto de renda ao invés de se ter três ou quatro faixas, deve-se ter cinco ou seis para ir aumentando progressivamente. Existem várias possibilidades, inclusive a contribuição sobre movimentação financeira, ou criar uma única contribuição que abarque tudo. É preciso reduzir o imposto sob os produtos industrializados para garantir que o trabalhador que ganha menos proporcionalmente pague menos imposto do que se paga hoje.
F5N - Enquanto muitos defendem a necessidade da Reforma da Previdência, alegando que o sistema já se mostra insustentável, outros argumentam que sequer existe o apregoado déficit, que o Governo é que destina os recursos da seguridade social a outros fins. Qual a posição do senhor a respeito?
F5N - O deputado federal André Moura, que é um dos seus adversários nesta disputa, diz ter o apoio de opositores históricos, inclusive alguns prefeitos e lideranças do PT. Em que medida essa informação procede e como o senhor a avalia, enquanto presidente do Diretório Estadual da sigla?
F5N – Flexibilizar a legislação que trata do porte e da compra de armas ou reduzir ao máximo o acesso da população a elas?
RC - Eu acho que em determinadas condições como a legislação atual já prevê, eu acho viável, mas é preciso ter controle. Imagine sem controle a violência que viveríamos hoje se todos pudessem ter o porte de arma; se com essas restrições todas nós estamos com esse cenário, imagine se essa posse fosse expandida.
Eu particularmente acho que o estatuto que foi aprovado do desarmamento e o regramento do plebiscito foi um avanço. No debate que eu participar eu quero aperfeiçoar e não desmontar para atender aos interesses de uma indústria. Nenhuma indústria, seja ela qual for, deve ter supremacia sobre o interesse da sociedade e da vida.
É um dano irreparável que a discriminação de armas provoca. Quem gosta de armas vai querer ter uma, duas... dez. Não podemos permitir que a bancada da bala que atua no Congresso Nacional atendendo aos desejos da indústria da arma simplesmente derrube o que foi aprovado democraticamente por meio de plebiscito.
F5N – No atual contexto econômico dos municípios e estados, há necessidade de um novo pacto federativo?
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