Plano de mobilidade de Aracaju segue em fase de adaptação
Política 07/02/2018 18h14Graças à parceria firmada entre a Prefeitura de Aracaju e o Ministério das Cidades, as tão esperadas mudanças no trânsito de Aracaju poderão acontecer. A verba de R$ 140 milhões, liberada pelo Governo Federal, vai viabilizar o Plano de Mobilidade Urbana, que beneficiará toda a população.
O Plano de Mobilidade Urbana de Aracaju foi criado no ano de 2012, durante a última gestão do prefeito Edvaldo Nogueira, e agora passa por uma atualização. Uma comissão criada pela Diretoria de Planejamento da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) é a responsável pela readequação. O grupo se reúne duas vezes por semana para adaptar o plano para o ano de 2018.
Um dos pilares do Plano é a readequação de quatro grandes corredores de trânsito da cidade: avenidas Beira Mar (desde o Centro, nas imediações dos mercados centrais, até o bairro Atalaia), Hermes Fontes (em toda a sua extensão), Augusto Franco (mais conhecida como “Rio de Janeiro”) e a via que se inicia na avenida Paulo VI (ainda no conjunto Augusto Franco) e segue até o Centro. Essas vias serão recapeadas e reestruturadas para priorizar o transporte público, além de receber semaforização inteligente, sincronizada a uma central de trânsito.
Nos últimos quatro anos, Aracaju perdeu cerca de 30% dos usuários de ônibus e cresceu na mesma medida o número de motocicletas nas ruas. Um dos objetivos do plano é justamente incentivar o uso do transporte público, com a reforma dos terminais já existentes e a criação de um novo no Centro da cidade, além da readequação de linhas de ônibus.
“No ano de 2015, houve a criação de outro plano pela gestão passada, que previa a criação de dez corredores de BRT, mas era totalmente incompatível com a cidade pois não temos nem espaço nem recursos para isso. O plano atual prevê o BRS (Bus Rapid System), que é um ônibus rápido e que está em um corredor onde tem a preferência. São obras que não são tão impactantes, tem um custo mais baixo e vão trazer um beneficio muito grande no ir e vir da população”, explica o arquiteto Ricardo Mascarello, que faz parte da comissão criada pela SMTT.
Com a implantação do Plano de Mobilidade, Aracaju vai reafirmar a posição de cidade inteligente, humana e criativa. “Quando pensamos em inteligência, isso está muito ligado a ferramentas e instrumentos para melhorar a agilidade, como o semáforo inteligente. Se eu coloco um semáforo sincronizado numa central de trânsito nos horários que há mais ônibus passando naquele corredor, o ônibus vai fluir porque o sinal vai estar aberto para ele, então isso é uma questão de inteligência”, afirma Ricardo.
Mobilidade Sustentável
Pensar em mobilidade urbana também inclui a preocupação com o meio ambiente. E as ações do Plano que será implantado em Aracaju também terão esse cuidado. “Queremos otimizar o tempo de percurso, diminuir a poluição e o uso de combustível. Pouco mais de 30% da população de Aracaju usa carro. Se menos pessoas usam o carro, e o carro ocupa maior espaço, estamos privilegiando menos pessoas. Quando se prioriza o transporte público, abrangemos uma parcela maior da população. Isso é democratizar a cidade, usar a inteligência para melhorar a vida das pessoas. Em linhas gerais, o Plano de Mobilidade Urbana vem agilizar toda essa relação entre carro, moto, pedestre, ciclista, mas priorizando o transporte público, que é o ônibus”, conclui Ricardo.
Um dos exemplos de bairros que serão beneficiados pelo Plano é o Santa Maria, umas das localidades da capital com maior demanda no transporte público. “Pelo corredor da avenida Augusto Franco, será possível trazer toda a demanda do Santa Maria até o Centro da cidade, com maior fluidez. Esse mesmo bairro também possui uma grande demanda de ciclistas, e o plano prevê também uma rota cicloviária. Quanto menos poluição do ar, mais a cidade fica adequada ao ser humano”, afirma.
Fonte: Agência Aracaju
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