Petrobras diz que projetos sociais reduzirão impacto do fechamento da Fafen
Fábrica alavanca economia no município de Laranjeiras e região Economia | Por Fernanda Araujo 02/02/2019 07h30Nesta sexta-feira (1), as atividades da Fábrica de Fertilizantes da Petrobras em Sergipe (Fafen) foram paralisadas de imediato pela estatal, após 36 anos em operação. Por causa de uma liminar judicial que impediu o encerramento da fábrica na Bahia, a Petrobras manteve o funcionamento na unidade baiana, mas no estado sergipano a realidade é outra. O governo do estado anunciou que entrou na Justiça contra o fechamento.
O arrendamento da fábrica, que segundo a Petrobras só tem dado prejuízos consecutivos, segue em processo licitatório, aguardando propostas das empresas interessadas.
Ao F5 News, a assessoria da estatal informou que um efetivo mínimo permanece na unidade em rotina operacional para viabilizar a hibernação, com “integridade e segurança das instalações”.
Enquanto isso, os empregados próprios da estatal devem ser remanejados para outras unidades da Petrobras. “Já os funcionários contratados, a responsabilidade é das próprias empresas contratadas”, disse a assessoria.
Em nota, a companhia informou que ofereceu aos empregados lotados na Fafen-SE oportunidades de movimentação interna que conciliem perfis e perspectivas pessoais com as necessidades da empresa.
A Petrobras disse ainda que negociará uma opção com clientes para assegurar o fornecimento de CO2, fabricante de bicarbonato de sódio grau de hemodiálise, durante um período de transição, “o que inclusive poderá envolver gastos para a companhia até o limite de R$ 9 milhões”.
Diante do impacto social e econômico na região de Laranjeiras, onde se localiza a Fafen-SE, a companhia afirma que está desenvolvendo um plano de projetos sociais em associação com instituições de ensino, com investimentos previstos no valor de R$ 26 milhões para o período de 2019 a 2022. O valor, segundo a Petrobras, equivale a mais de duas vezes a estimativa da arrecadação anual de impostos (ISS e ICMS) originada pelas operações da Fafen-SE para o município.
Desde 2017, a companhia decidiu pela saída do negócio de fertilizantes alegando prejuízos financeiros. Com cancelamento de projetos, iniciou o processo de desinvestimento da Araucária Nitrogenados S.A. (ANSA). Em março de 2018, anunciou a hibernação das fábricas, mas após intensas discussões entre autoridades e entidades representativas, a Petrobras chegou a descartar o fechamento em Sergipe. Porém, em novembro a companhia voltou atrás.
“Assim, atualmente, mais de 80% do mercado de ureia, principal produto do segmento de nitrogenados, já é atendido por importações. Com respeito ao mercado de amônia, em que a Petrobras responde por 30% da oferta, a companhia está investindo em infraestrutura de logística no porto de Aratu (BA) para viabilizar o atendimento de clientes localizados no Polo de Camaçari e no curto prazo continuará a satisfazer a demanda através venda de seus estoques remanescentes”, completou a nota.
Em relação à fábrica de fertilizantes na Bahia, a Petrobras diz que permanece a intenção de sua hibernação e também do processo licitatório de arrendamento. A companhia afirma que vai tomar as medidas judiciais cabíveis para reverter a decisão que suspendeu o encerramento da fábrica.
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