Manchas de óleo já afetam economia e turismo em praias sergipanas
Trabalhadores e representantes de órgãos públicos comentam prejuízo Economia | Por Saullo Hipolito 11/10/2019 13h10 - Atualizado em 11/10/2019 16h48As manchas de óleo continuam chegando ao litoral nordestino e já preocupam os órgãos ambientais com a possibilidade de atingirem de forma mais forte os rios. Em Sergipe, o efeito já é sentido pelas pessoas que vivem próximas às praias e/ou que realizam atividades que têm ligação direta com esses locais.
De acordo com donos de bares e restaurantes na Barra dos Coqueiros, as praias do município recebem cada vez menos gente, uma queda de aproximadamente 40%, segundo a Secretaria de Turismo do município, se comparado com meses anteriores ao aparecimento do óleo.
"Ninguém quer vir para a praia e correr risco de sair manchado de óleo, além de desagradável é prejudicial à saúde", afirmou o comerciante Carlos Eduardo Silva em entrevista à TV Atalaia.
A situação afeta o turismo no município. "A gente nota uma redução significativa dos banhistas e de turistas que frequentam a praia da Costa, a prainha da Atalaia Nova, e a praia do Jatobá, locais com um fluxo maior de pessoas e que foram bem afetadas", afirmou o secretário de Turismo da Barra, Adaílton Martins, também à TV Atalaia.
Rios sergipanos
Outra preocupação dos órgãos ambientais é a chegada de alguns focos de óleo à foz do rio São Francisco, em Piaçabuçu, litoral sul de Alagoas, observados na última quarta-feira (9) por técnicos ambientais.
A detecção ocorreu no mesmo dia em que o Governo de Sergipe constatou que não poderia instalar boias absorventes com a rapidez necessária para tentar impedir que o óleo chegasse à área.
Nesta quinta-feira (10), a Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) informou que está monitorando a situação e coletando amostras da água para análise. "A mancha não conseguiu adentrar o rio porque a correnteza segurou ela lá na parte do Cabeço, no primeiro município que a gente tem captação, que é Brejo Grande. Estamos fazendo as coletas e análise da água e tomando as medidas preventivas", disse o presidente da Deso, Carlos Melo.
Para preservar a foz do Rio Sergipe, na região da Barra dos Coqueiros, as Centrais Elétricas de Sergipe (Celse) instalaram, durante a tarde desta quinta-feira (10), 200 metros de barreiras absorventes (boias) no rio.
Os pescadores já se mostram apreensivos com a situação. "A gente quer que essa história de óleo termine, somos pescadores, vivemos disso e se o óleo chegar, já era peixe, some tudo", disse o pescador Ronaldo dos Santos em entrevista à TV Atalaia.
A Deso ainda garantiu que opera medidas preventivas para assegurar que os locais de captação não sejam afetados. Dentre elas, o isolamento através de telas das captações flutuantes, em Brejo Grande e Ilha das Flores, municípios onde estão as captações mais próximas das manchas encontradas.
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