Grupo espanhol arremata aeroporto de Aracaju e mais cinco do Nordeste | F5 News - Sergipe Atualizado

Privatização
Grupo espanhol arremata aeroporto de Aracaju e mais cinco do Nordeste
Bloco do Nordeste, vendido por R$ 1,9 bi, foi o mais disputado do leilão
Economia | Por F5 News* 15/03/2019 13h18 - Atualizado em 15/03/2019 14h18


O leilão de privatização de 12 aeroportos superou a outorga estipulada pelo governo de R$ 2,1 bilhões, nesta sexta-feira (15). Somados os três blocos do Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste, os lances chegaram a R$ 2,317 bilhões, ágio médio de 986%. O aeroporto Santa Maria, em Aracaju (SE), um dos mais disputados do bloco Nordeste, foi vendido para o grupo espanhol Aena Desarrollo Internacional.

A disputa maior se concentrou no bloco do Nordeste, onde foram vendidos os aeroportos de Recife (PE), Maceió (AL), Aracaju (SE), Juazeiro do Norte (CE), João Pessoa e Campina Grande, ambos na Paraíba. Seis propostas foram apresentadas, mas o grupo espanhol Aena Desarrollo Internacional levou a melhor com a oferta de R$ 1,9 bilhão. O governador de Sergipe, Belivaldo Chagas, acompanhou os lances.

Com um lance inicial mínimo de R$ 171 milhões para o bloco, o grupo espanhol saiu na frente com oferta de R$ 1,850 bilhão, depois, do Consórcio Região Nordeste oferecer R$ 1,770 bilhão e o grupo suíço Zurich Aiport, R$ 1,761 bilhão. Já próximo ao final do leilão, o grupo suíço deu lance de R$ 1,851 bilhão pelo bloco, mas foi coberto em seguida pela Aena.

O segundo bloco arrematado foi o Centro-Oeste, de lance inicial por R$ 800 mil, formado pelos aeroportos de Cuiabá, Rondonópolis, Sinop e Alta Floresta, em Mato Grosso, pelo Consórcio Aeroeste, de R$ 40 milhões. O Sudeste, com lance inicial de R$ 46,9 milhões que reúne os terminais de Macaé, no Rio de Janeiro, e de Vitória, no Espírito Santo, foi vendido para Zurich Aiport por R$ 437 milhões.

O leilão foi realizado na Bolsa de Valores (B3), em São Paulo. Segundo o governo, a organização dos terminais em três blocos está relacionada ao uso dos terminais: os do Nordeste para o turismo, os do Centro-Oeste, para o agronegócio, e os do Sudeste, para atividades empresariais ligadas ao setor de energia, como petróleo e gás.

Juntos eles recebem 19,6 milhões de passageiros por ano, o que equivale a 9,5% do mercado nacional de aviação. O investimento previsto para os três blocos é de R$ 3,5 bilhões, no período de 30 anos. É a primeira vez que o governo federal faz concessão de aeroportos em blocos, até então os terminais eram leiloados individualmente. Esta é a quinta rodada de concessões de aeroportos, iniciadas em 2011, sendo nesta rodada não haver envolvimento de recursos públicos.

Inicialmente, o novo concessionário não pagará nada pelo período de cinco anos. Após esse período, têm início os pagamentos do percentual da receita até o final do contrato. Os vencedores terão que, em um primeiro momento, realizar melhorias em banheiros; sinalizações de informação; internet wi-fi gratuita; sistemas de climatização; escadas e esteiras rolantes; elevadores, entre outras intervenções.

O governo afirma que o passageiro vai continuar pagando a mesma taxa de embarque nos aeroportos operados pela Infraero e não prevê hipótese de aumento de tarifa. Ainda hoje deve ser anunciada a concessão de mais 22 aeroportos na sexta rodada de leilões a ser realizada em agosto de 2020. A sétima e última rodada, com 21 terminais, deve ocorrer no primeiro trimestre de 2022.

Sobre o grupo Aena

A empresa espanhola Aena, vencedora do leilão do bloco Nordeste, administra 46 aeroportos na Espanha, incluindo os terminais de Madri–Barajas e de Barcelona. Na América Latina, a empresa administra 12 aeroportos no México, 2 na Jamaica e 2 na Colômbia. O aeroporto de Luton, em Londres, também está sob administração da companhia.

Em sua página na internet, a Aena afirma ser a primeira do mundo em gestão de aeroportos. Segundo a empresa, mais 263,7 milhões de passageiros passaram pelos terminais administrados por ela em 2018.

*Com informações da Agência Brasil e da Agência Sergipe de Notícias

Fotos: reprodução B3 e ASN

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