Vitima da intolerância, transexual Laysa Fortuna morre em hospital
Depois de ter sido conduzido à delegacia, agressor foi liberado Cotidiano | Por F5 News 19/10/2018 15h32 - Atualizado em 19/10/2018 16h32A transexual Laysa Fortuna, 25 anos, esfaqueada na noite da quinta-feira (18), no Centro de Aracaju (SE), acaba de falecer. A informação foi confirmada pela ativista do Movimento LGTB em Sergipe Adriana Lohana.
“Queremos que o DAGV funcione em regime de plantão. Essa é a prova de que as demais delegacias não estão preparadas para atender mulheres, transexuais e pessoas em situação de vulnerabilidade. Laysa morreu, enquanto isso o agressor está solto porque o delegado disse que ela sofreu lesão corporal leve”, desabafou Lohana.
Amigos, ativistas e apoiadores do Movimento LGBT estão indo nesse momento para o Hospital de Urgências de Sergipe (Huse), para onde Laysa foi levada depois da agressão.
Entenda
Laysa Fortuna, 25 anos, ficou gravemente ferida após receber um golpe de faca na região do tórax. A agressão aconteceu na esquina da Rua Itabaiana com Estância, na noite dessa quinta-feira (18). Um detalhe que não pode passar despercebido é que o crime aconteceu em frente ao Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV), que não funciona à noite.
Segundo o relato de testemunhas, o crime teria ocorrido após uma tentativa de assalto e teria sido praticado por um suposto apoiador do candidato Jair Bolsonaro (PSL), que costumava ameaçar as transexuais que trabalham no Centro, provocando algumas delas verbalmente e mostrando as partes íntimas.
O acusado, identificado como Alex da Silva Cardoso, foi preso logo após o crime e encaminhado à 4ª Delegacia Metropolitana, mas liberado em seguida para responder em liberdade por crime de ameaça, com lesão corporal de natureza leve, interpretação dada ao fato pelo delegado de plantão na Delegacia Plantonista Sul.
Ainda pela manhã a delegada do DAGV Meire Mansuet, ao ter conhecimento do caso, instaurou o inquérito policial e representou pela prisão de Alex da Silva Cardoso.
A Secretaria da Segurança Pública ainda não se manifestou sobre o assunto.
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