Os últimos alvos da operação Xeque Mate do Sertão que faltavam ser presos se entregaram nesta quarta-feira (12) à Polícia Civil, que investiga suposto desvio de mais de R$ 20 milhões dos cofres do município de Carira, segundo apurado pelo Ministério Público de Sergipe. Os investigados tinham se comprometido a se apresentar à polícia.

Um dos que se entregaram hoje no Departamento de Crimes contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap), segundo a Secretaria de Segurança Pública, foi José Pereira Rosa, apontado na investigação como um dos laranjas no esquema. A Polícia havia informado que Diego Menezes Machado, filho de Bosco Machado e irmão de Diogo Machado, já  detidos, também se apresentaria à delegacia.

Na terça (11), a Polícia apresentou detalhes da prisão de sete pessoas acusadas de integrar uma organização criminosa que se utilizava do poder político, por meio de licitações fraudulentas, para desviar dinheiro público em Carira. As fraudes teriam ocorrido no período de aproximadamente 20 anos na Prefeitura, de acordo com as investigações.

Apontado como chefe do esquema, o ex-prefeito João Bosco Machado teria articulado "laranjas" para constituição de empresas que foram utilizadas em licitações direcionadas; a principal delas, "Angular Construções", operou apenas nos anos em que Bosco Machado ou seu filho Diogo Machado estiveram à frente da gestão municipal. Juntos, eles exerceram cinco mandatos naquela cidade. 

Os investigadores não descartam o envolvimento de outras empresas nessa fraude que, conforme salientaram, deve gerar  desdobramentos. Os investigados foram denunciados pelo MPE pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro, organização criminosa, fraude em licitação, dentre outros. 

Nomes dos investigados 

João Bosco Machado 
Diogo Menezes Machado 
Antonio Carlos dos Santos 
José Messias dos Santos
José Alves de Menezes 
Robson Lopes de Oliveira
Marcelo Oliveira Menezes
Diego Menezes Machado
José Pereira Rosa
José Augusto da Silva
William Tavares de Oliveira
Michel Messias Vasco Ramos