Em defesa dos projetos da Reforma da Previdência, do Pacote Anticrime e da CPI da Lava Toga, populares e integrantes de movimentos sociais se reúnem na tarde deste domingo (26) em um ato no Mirante da Treze de Julho, na Avenida Beira Mar, em Aracaju.

Segundo a organização, o movimento nacional é um encontro do povo, sem palanque para partidos e políticos, alinhado com os projetos do Governo Federal, do presidente Bolsonaro, e dos ministros Paulo Guedes e Sérgio Moro.

"É muito bacana a gente perceber que o brasileiro está tomando interesse pelas pautas que antes viviam restritas, dependentes da boa vontade e dos interesses particulares de congressistas. Hoje a população, as mobilizações e pressões populares estão influenciando diretamente o parlamentar na votação de muitas pautas e aprovações de projetos. Estamos indo a rua pelo nosso país. É um momento ímpar, a gente não apenas elege mais, mas acompanha, cobra, fiscaliza e pressiona", declarou Lucio Flavio da Rocha, do Movimento Brasil 200.

Vestidos de camisas verde e amarelo, manifestantes também realizam atos em algumas capitais, a favor dos projetos, contra a corrupção e pelo fim de privilégios desde a manhã de hoje, como em Maceió, Recife, Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo e Curitiba. São atos em pelo menos 60 cidades em 14 estados e no Distrito Federal, também em apoio às  reformas administrativa e tributária.

Durante um culto evangélico em uma igreja na Barra da Tijuca no Rio, o presidente Jair Bolsonaro comentou sobre as manifestações a favor da Reforma. "Estão nas ruas não para defender o presidente, político ou quem quer que seja, mas o futuro dessa nação. É uma manifestação espontânea, em respeito às leis, com firme propósito de dar recado aqueles que tentam impedir que o povo se liberte. Agradeço a confiança, a responsabilidade é muito grande, mas essa missão temos que cumpri-la", disse.

Para Lucio Flavio, a aprovação da Reforma da Previdência é necessária para garantir as aposentadorias futuras, acima de questões ideológicas, de direita ou esquerda. Além disso, o pacote Anticrime e a CPI da Lava Toga, segundo os manifestantes, são importantes para acabar com a sensação de impunidade e insegurança no país.

"É questão de matemática. Ou a gente reforma a previdência, fazendo cada um pouco de sacrifício, ou ninguém vai ter a previdência no futuro. A nova previdência prevê o corte de privilégios, da discrepância do teto de aposentadorias do funcionalismo público para o privado. Dá o direito igual. E a sensação de impunidade e insegurança é muito fruto da corrupção como também da crise econômica em que o país se afundou. A gente quer o endurecimento das nossas leis criminais e o maior rigor do Supremo Tribunal Federal para que não sejam ilimitados em seus poderes", afirmou.

Segundo a equipe econômica do Governo Federal, com o envelhecimento populacional o futuro das despesas com as altas aposentadorias está ameaçado. No país, segundo dados do IBGE, espera-se que os idosos representem 17,4% da população em 20 anos e a perspectiva é de chegar à 2060 em 25,4%. Em Sergipe, ao final do ano de 2020, os idosos serão 7,7% da população. Para 2040, projeta-se que eles compreendam 14,5% dos habitantes, proporção que se elevará para 23% também em 2060.

Fotos: Lucio Flavio/cedidas ao F5 News