MPE diz que é grave a superlotação de maternidade em Aracaju
Cotidiano 16/04/2018 17h30 - Atualizado em 16/04/2018 18h29Por F5 News
Uma denúncia de superlotação na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, em Aracaju (SE), levou os promotores de justiça das áreas da Saúde e Direitos do Cidadão do Ministério Público Estadual (MPE) a uma inspeção na unidade na manhã desta segunda-feira (16), onde foi constatada que é grave a situação, principalmente na UTI Neonatal e no centro cirúrgico.
Os promotores Francisco Lima Júnior e Talita Cunegundes estavam acompanhados de assistentes sociais e enfermeiros do MPE. A visita durou cerca de três horas, tempo suficiente para que fossem identificados diversos problemas, como falta de pessoal de enfermagem, de médico e de equipamentos, quarto sem ar-condicionado e até mesmo sem água na pia.
“O mais grave é a superlotação, mas o que me chamou mais atenção foi a falta de polivitamínico e alimentação dos recém-nascidos; a família tem que trazer, médicos têm que comprar...”, destacou Francisco Lima.
Ele diz ainda que a superlotação é causada por problemas em toda rede. “É o fechamento no interior e falha na atenção básica, mães que não conseguem fazer o pré-natal de forma adequada, aí acabam tendo complicações e vêm parar aqui”, disse.
A promotora Talita Cunegundes explica que a maternidade trabalha no sistema portas abertas e recebe pacientes do estado inteiro, quando deveria receber somente as demandas de alto risco. “Com a superlotação os profissionais de saúde que estão atendendo além da sua capacidade. Tem várias crianças que estão em leitos da semi-intensiva que precisam de mais estrutura humana para atendê-los”, diz.
A promotora diz ainda que é preciso fazer um trabalho de gestão, reavaliar o perfil da unidade e responsabilizar os municípios sobre suas próprias demandas que não sejam de alto risco, “para que esse sucateamento não ocorra, essa demanda não ocorra, por que acaba prejudicando toda população que realmente tem alto risco”.
Vítimas de violência sexual
A promotoria também averiguou como está sendo feito o atendimento às crianças e adolescentes vítimas de violência sexual e também constatou irregularidades.
“É uma preocupação, a gente percebeu que elas passam pela mesma triagem, entram da mesma forma que os pacientes normais, o que não é adequado, porque não resguarda a privacidade da vitima de violência como tem que ser”, explicou Francisco Lima.
Os promotores informaram ainda que já foi aberto um procedimento, e que serão solicitadas vistorias do Conselho Regional de Enfermagem (Corem) e do Conselho Regional de Medicina (CRM) e que, após a coleta de dados, o Estado e os municípios serão chamados.
“A nossa equipe vai fazer um relatório, já temos da vigilância sanitária, vamos pedir ao Coren e para o CRM uma visita, para, a partir disso tudo, cruzar os dados e chamar a administração para conversar”.
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