Um grupo de marchantes realiza um protesto, nesta quinta-feira (8), contra o fechamento do matadouro do município de Itabaiana, no agreste de Sergipe. Um dia após a prisão do prefeito Valmir de Francisquinho e outras quatro pessoas, na operação Abate Final, os trabalhadores se mobilizaram na porta da Câmara Municipal e também do Ministério Público.

Foto: reprodução ITNet

De acordo com a Procuradoria do Município, o matadouro deve permanecer sem funcionar até que a vice-prefeita ou o Poder Judiciário se manifestem sobre a questão e esclareça quem ficará responsável pelo recolhimento das taxas de abate e pela verificação das condições sanitárias. "Por prudência e respeito à decisão e à investigação, é preciso compreender quais seriam as práticas delitivas apontadas pela Polícia para que o Município possa saná-las", completou o subprocurador Lucas Cardinali. 

Cerca de 50 pessoas trabalham por dia no local e, em alguns dias, mais de 400 animais são abatidos. “Não apenas Itabaiana, mas outras cidades vizinhas também dependem do matadouro e nós queremos uma solução para que ele seja reaberto. O promotor nos garantiu que vai propor uma solução”, disse Otacílio Goís, representante dos trabalhadores.

Ainda segundo ele, municípios vizinhos estariam se negando a receber a demanda do matadouro itabaianense. 

Abate Final

A operação da Polícia Civil, deflagrada nesta quarta-feira (7), prendeu cinco pessoas acusadas de articular um esquema de desvio de mais de 70% das taxas pagas pelos abates de animais no matadouro da cidade serrana. Segundo os investigadores, em três anos o montante desviado ultrapassa R$ 6 milhões.