Baleia Azul: Polícia Federal alerta sobre jogo que tem levado jovens ao suicídio | F5 News - Sergipe Atualizado

Baleia Azul: Polícia Federal alerta sobre jogo que tem levado jovens ao suicídio
Cotidiano 18/04/2017 12h21 - Atualizado em 19/04/2017 18h46


Por Fernanda Araujo

Por conta de um suposto jogo viral de desafio na internet há notícias de que, jovens em todo o mundo, inclusive no Brasil, têm sido induzidos e influenciados a cometerem automutilação e até o suicídio. O jogo chamado de Baleia Azul desafia o participante a cumprir 50 tarefas, sendo a última delas acabar com a própria vida, já teria feito três vítimas no país, no Mato Grosso e em Minas Gerais, e há investigações sobre a participação de jovens da Paraíba.

Em Sergipe, a Secretaria de Segurança Pública afirma que, até o momento, não houve registros na Delegacia de Crimes Cibernéticos e nenhum procedimento relacionado ao jogo nas delegacias.

A Polícia Federal tem alertado os pais e responsáveis sobre este e outros jogos com apelos de riscos letais que têm virado moda entre os adolescentes em grupos de redes sociais, atraídos pela emoção do desafio. Geralmente, os alvos dos criminosos são crianças e adolescentes fragilizados com algum tipo de problema sentimental, seja briga com os pais, notas baixas, fim de namoro etc.

Os desafiantes chegam a entrar em grupos até de autoajuda para encontrar as vítimas, conforme as investigações, e a ter acesso aos dados pessoais do jovem; com isso passam a assustar as vítimas que são facilmente coagidas a participar do jogo que se inicia com o desafio de desenhar uma baleia com estilete no braço e, quando estiver sangrando, tirar uma foto e enviar.

A polícia orienta para denunciar os grupos, até mesmo nas próprias redes sociais como o Facebook, principalmente se perceber algum amigo postando fotos e mensagens estranhas que podem estar relacionadas ao jogo.

Caso tenha acesso às conversas trocadas entre o mentor e o jogador, deve comparecer à delegacia para lavrar um boletim de ocorrência e no Cartório de Notas, onde será lavrada uma ata notarial, que comprova o conteúdo das mensagens caso sejam apagadas.

Aos pais, a PF recomenda atrair a confiança dos filhos através do diálogo aberto e sem repressão para que, no primeiro sinal de perigo, a criança se sinta à vontade para procurar sua ajuda. Os responsáveis devem observar ainda o comportamento dos filhos, como isolamento, tristeza aguda, decepção amorosa, comportamentos depressivos e atitudes suicidas; e se há sinais de mutilação ou queimaduras no corpo.

Os pais devem evitar que os filhos fiquem expostos a altas horas na internet e assistindo filmes na televisão pela madrugada; observar ainda se não estão saindo de casa escondidos na madrugada pelo objetivo de cumprir tarefas do jogo. Supervisione os acessos na internet e ,caso não possa, delegue para um parente mais próximo em que o adolescente confie.

Seguem outras orientações: Deixe o computador num local comum e visível da casa; Se vetar alguma página explique as razões e os perigos da rede;  Evitar expor informações particulares e de dados pessoais em demasia: (telefones, endereços, CPF, horário que sai de casa e para onde está indo, localização acessível o tempo todo, etc); Evitar colocar fotos de locais onde frequenta, de carros (a placa localiza o endereço), casa (mostra onde a pessoa mora); e nunca incluir desconhecidos nos contatos.

O jogo – Começou na Rússia, em 2015, quando uma jovem de 15 anos se jogou do alto de um edifício; dias depois, uma adolescente de 14 anos cometeu suicídio se lançando nos trilhos do trem da cidade de Ussuriysk. Ao todo, 130 suicídios de crianças foram registrados de novembro de 2015 a abril de 2016, de acordo com a polícia local quase todos eram membros de um mesmo grupo na internet com o objetivo de cumprir 50 ‘missões’. Três pessoas teriam tirado a própria vida por conta do Baleia Azul.

Para ter acesso ao jogo, o jovem se integra a uma rede de grupos contidos em redes sociais, seja no facebook ou whatsapp criados para essa finalidade. Os adolescentes são previamente selecionados; as tarefas incluem escrever frases e fazer desenhos com lâminas na palma da mão e nos braços e com queimaduras, bater fotos assistindo a filmes de terror de madrugada, ficar doente, subir no alto de um telhado ou edifício, escutar músicas depressivas e, por último, o suicídio.

O responsável por convidar os jovens para o jogo, chamado de 'curador', comanda e entrega os desafios para serem cumpridos o tempo todo. Ele fica por trás da tela manipulando e dando ordens. Assim que o desafio se inicia, o participante deve completar todos os itens, sem exceção, senão sofre ameaças, aponta as investigações.

Com informações do Diário de Pernambuco

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