Trabalhadores conquistam aumento de renda com queda da inflação | Marcio Rocha | F5 News - Sergipe Atualizado

Trabalhadores conquistam aumento de renda com queda da inflação
Blogs e Colunas | Marcio Rocha 31/07/2017 18h14

O trabalhador que está empregado teve nos últimos meses um aumento de renda por causa da queda da inflação e de acordos salariais com ganhos reais. Por consequência, teve mais recurso disponível para pagar dívidas ou consumir. Isso pode ter dado um alento para o comércio, junto com a liberação das contas inativas do FGTS, como mostram dados de junho da Serasa Experian e da Fenabrave, a entidade que representa os revendedores de veículos. O grande contingente de desempregados, contudo, é uma barreira à melhora mais efetiva no consumo. Além de informações mais positivas no varejo, o mais recente Monitor do PIB, da Fundação Getúlio Vargas, mostra que o consumo das famílias aumentou 0,55% no trimestre até maio, após queda de 0,52% em igual período até fevereiro, feito o ajuste sazonal. 

 

Ânimo para o dia dos pais

 

Os empresários do comércio sergipano estão animados após tomarem conhecimento da Pesquisa de Endividamento e Intenção de Consumo (PEIC), realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Sergipe (Fecomércio), devido aos resultados que mostram o interesse de mais da metade da população em fazer compras para a comemoração do dia dos pais. A variante sazonal da PEIC, realizada em períodos direcionados para datas especiais, apresentam uma série de indicadores que mostram o quadro das famílias sergipanas diante do momento que se aproxima. A PEIC realizada no final do mês de junho e início de julho aponta que 61,1% dos sergipanos irão realizar compras para comemorar o dia dos pais, nos estabelecimentos comerciais. O número é animador e quase chega ao dobro do que foi apresentado no ano anterior, que era de 34%, quando em 2016, o estado atravessava uma das piores fases da crise econômica que atingiu a população.

 

Da CNC para o BNDES

 

O economista Carlos Thadeu de Freitas Gomes tomará posse na próxima semana como diretor financeiro do BNDES com dois objetivos: ampliar os financiamentos para micro e pequenas empresas e retomar as captações de recursos no exterior a fim de reduzir a dependência da instituição do Tesouro Nacional. Thadeu, que foi diretor duas vezes do Banco Central, diz que dinheiro não falta no banco para emprestar às empresas de menor porte, mas é preciso ter foco. O BNDES, segundo o economista, é a instituição que estava faltando em seu currículo. Além das duas passagens pelo BC, foi diretor financeiro da Petrobras, presidiu o Banco da Amazônia (Basa) e comandou a área financeira da extinta Nuclebrás. “É um desafio importante para o qual me chamou o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro”, ressalta. Thadeu, com a ida para o BNDES, deixará a chefia da Divisão Econômica da CNC. Defensor da política de juros mais baixos, acredita que o Banco Central tem uma avenida para levar o País a conviver com uma taxa básica (Selic) mais próxima do mundo civilizado.

 

Indústria manteve recuperação no segundo trimestre

 

Apesar do agravamento da turbulência política, a indústria brasileira manteve o ritmo de recuperação lenta no segundo trimestre. A expectativa é que o desempenho tenha sido positivo, mas a tendência é que uma retomada mais acentuada aconteça apenas no ano que vem, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Indicador Ipea de Produção Industrial indica recuo de 0,1% em junho ante maio na Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), apurada pelo IBGE. No fechamento do trimestre, entretanto, a previsão é de alta de 0,5% em relação ao primeiro trimestre do ano. “O ambiente de incerteza influenciou a confiança, que caiu rapidamente, mas a produção está mostrando uma lenta recuperação, embora não seja possível ver sinais de uma retomada mais forte ainda. Com a queda continuada na taxa de juros, a economia será estimulada”, previu o diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, José Ronaldo de Castro Souza Junior. Na comparação com 2016, a produção industrial teve expansão de 0,6% em junho deste ano. No segundo trimestre de 2017 em relação ao mesmo período do ano anterior, o aumento foi de 0,2%, calculou o Ipea.

 

Desemprego diminui

 

O desemprego ficou em 13,0% no trimestre encerrado em junho, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da pesquisa Pnad Contínua. No período, o Brasil tinha 13,5 milhões de desempregados. Trata-se de um recuo de 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre terminado em março de 2017. Ao olhar esta base de comparação, foi a primeira queda estatisticamente importante desde o trimestre terminado em dezembro de 2014, diz o IBGE.

 

Menor endividamento das famílias

 

O endividamento das famílias segue em baixa e registrou o menor patamar desde agosto de 2011. Dados compilados pelo Banco Central mostram que a relação entre o estoque de crédito contratado e renda líquida anualizada fechou maio em 41,53%, ante 41,61% registrado em abril. Em maio de 2016, o endividamento era de 43,66%. 

 

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Marcio Rocha é jornalista formado pela UNIT, radialista formado pela UFS e economista formado pela Estácio, especialista em jornalismo econômico e empresarial, especialista em Empreendedorismo pela Universitat de Barcelona, MBA em Assessoria Executiva pela Uninter, com experiência de 23 anos na comunicação sergipana, em rádio, impresso, televisão, online e assessoria de imprensa.

E-mail: jornalistamarciorocha@live.com

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