Petista avalia que o PT tem que trabalhar e não discutir candidatura agora | Joedson Telles | F5 News - Sergipe Atualizado

Petista avalia que o PT tem que trabalhar e não discutir candidatura agora
Blogs e Colunas | Joedson Telles 09/06/2019 08h45 - Atualizado em 09/06/2019 09h10

Presidente da Fundação Aperipê, a ex-deputada estadual petista Conceição Vieira avalia que o PT, por ocupar espaços tanto no Governo do Estado quanto na Prefeitura de Aracaju, precisa intensificar o trabalho e deixar a discussão sobre as eleições 2020 para o momento oportuno. Entretanto, ela acredita que se, no futuro, a decisão for por uma candidatura própria, o PT tem força para disputar com chances reais de vitória, mesmo que isolado. “O PT demonstrou muita força eleitoral. Temos muitos quadros eleitos. Temos senador, a vice-governadora, deputados. O PT tem força para sair só. Mas é preciso fazer a leitura historia contemporânea desse passo, que eu acho que requer um pouco de tempo mais pra frente. Não é pensar como Conceição vai se dar melhor. Mas como avançar numa política desse ideal que a gente defende, como fortalecer esse campo. É preciso pensar coletivamente na hora de uma definição. Por isso que eu acho cedo a gente falar agora”, afirma.

Como está sendo a experiência de gerir a Fundação Aperipê?

Eu acho uma experiência inusitada que passou na cabeça do governador Belivaldo Chagas e está dando certo. Ele compreendeu que era importante juntar um órgão que fomenta, que viabiliza, que faz o reconhecimento da cultura do estado, a valorização dos artistas, que esse órgão tivesse atrelado à difusão. A divulgação, a projeção dessa cultura e dessa arte. Acho que no sentido de entender que dá mais celeridade, objetividade, otimiza os recursos, principalmente no momento de dificuldade financeira que passam as unidades da federação. O órgão nasceu no final de fevereiro. Teve que juntar a Secretaria de Cultura com uma fundação de comunicação e fazer essa fundação se transformar em um local que caiba a cultura dentro dela. Não é uma coisa tão simples. Nasceu um terceiro órgão e é esse órgão que a gente está se dedicando. Muita gente das equipes que eram da Cultura e do Sistema Aperipê de Comunicação e algumas pessoas novas também. Estamos, procurando democratizar mais ainda o espaço da cultura em Sergipe, deixar muito claro que a valorização da cultura depende de cada sergipano, de fortalecer a entidade, de se sentir feliz com o jeito de ser do sergipano, curtir sua praia, mas também curtir o folclore, curtir sua música, falar da sua poesia. Conhecer os sergipanos localmente e depois os nacionais. Estamos vivendo um momento de fortalecimento da nossa identidade - e essa identidade passa pela cultua. É com essa visão que eu tenho procurado trabalhar e incentivar para que cada um descubra sua motivação interior, para cumprirmos nosso papel que o governador nos confiou e que o povo sergipano tem expectativa.

Uma agenda cheia...

Estamos com atividades mensais. Temos um projeto de fortalecimento do centro histórico de Aracaju e do centro histórico de São Cristóvão porque. Próximo ano, teremos o bicentenário de Sergipe e eu gostaria que o povo estivesse mais estimulado em reação a isso. Nossa história contada e vivida e contada de lá pra cá. Estamos fazendo atividades culturais na porta do Palácio Olímpio Campos com as exposições, parte do evento nas escadarias e parte na frente do palácio. Já levamos a filarmônica de Frei Paulo, de Estância, de Itabaiana parte da orquestra sinfônica de Sergipe e alguns artistas locais, mostrando que ali é o seio da cultura, da tradição, da governabilidade do nosso estado porque o palácio nos remonta a isso. Quando você traz a arte popular para dentro dele e mostra que erudito pode estar junto com o popular, e que as pessoas podem passar na porta e entrar que o museu está aberto, é lindo. Queremos fazer esse resgate. Além disso, estamos trabalhando nas esculturas do Largo da Gente Sergipana. Estamos conversando para que todos os meses possamos fazer uma celebração dos grupos folclóricos. Se há música no museu, mostrando que também a música erudita pode ser ouvida pelo popular, precisamos ter os grupos folclóricos fortalecidos naquele largo para que ele tenha vida. Hoje é o local mais visitado da cidade. Em São Cristóvão, pensamos em retomar aquela ideia da seresta, quando (o saudoso) Pedrinho Valadares era secretário. Foi um momento histórico e importante. A gente está pensando em levar a orquestra sinfônica e o choro mensalmente. Fazer uma festa mostrando que, na mesma noite e no mesmo lugar, naquela cidade de tradição histórica, o povo tenha a orquestra e depois o choro. O prefeito Marcos Santana iniciou um projeto chamado ‘Pôr do Sol’ e vamos colocar dentro deste projeto do prefeito. Aquilo que a gente poder estreitar as relações institucionais é muito bom. Estivemos, na semana passada, em São Cristóvão lançando as festas juninas da cidade dentro do museu histórico de Sergipe. Lá tinha exposição sendo aberta e vai ficar lá até o dia 30. A exposição abriga os três santos juninos, em cima um lançamento de um livro sobre as maravilhas de São Cristóvão, um grupo pé de serra tocando, o prefeito apresentando o seu plano de trabalho para o mês de junho. Sem falar nas comidas típicas que o prefeito ofereceu a todos os presentes. O máximo que a gente puder juntar o municipal com o estadual e fortalecer a cultura é importante. Sergipe precisa fortalecer muito sua identidade cultural. A gente fica dividido entre as coisas da Bahia, de Pernambuco... Fica copiando, indo mais para os estados vizinhos. Vamos conhecer nosso estado e valorizar nossa cultura, porque isso nos fortalece. Tem gente que pensa que pensar o local o deixa isolado, fora do mundo. Você só se torna globalizado se pensar globalmente, mas agir localmente. Tem que se variar o local que está. Para mim, essa é a tarefa principal da cultura. É procurar dar essa dimensão não só para os artistas, mas para toda gente sergipana. Vamos iniciar nossas celebrações de junho dia 10 com o Fórum Nacional da Música Nordestina e dar continuidade a essa ideia.

Para promover estas e outras ações, Sergipe está tendo o apoio necessário do Governo Federal?

Precisamos estar muito bem antenados com a concepção de economia criativa. O dinheiro é pouco. Entendemos que precisamos fortalecer os espaços de cultura do estado para alugá-los. Uma parte de nossa renda precisa vir das visitas aos museus, do Teatro Atheneu, do Gonzagão, do Tobias Barreto, dos espaços artísticos, dos cantores, para que possam contribuir com a preservação desses espaços. Precisamos fortalecer o Sistema Aperipê de Comunicação. Quantos homens e mulheres de comunicação passaram pelo sistema Aperipê? Mas precisamos deixar mais profissionalizado no sentido de arrecadação, concorrer com os demais meios de comunicação, lembrando que nossa grande diferença é que não somos de massa, não podemos falar de coisas que desorganizem a vida social e familiar. Não podemos, por exemplo, divulgar imagem de bebida, de droga, sexualidade. A gente preserva essa cultura mais trabalhada para o engrandecimento da sociedade. Precisamos negociar nosso espaço. Ainda estou inquieta porque a gente não conseguiu dar uma guinada forte neste sentido, mas precisamos dar. Os órgãos que veiculam seus programas pagar pelo espaço. Tem muita gente voluntária ainda no sistema de comunicação. Eu estou na presidência, mas tenho estagiário, funcionário efetivo, CCs e voluntários. É impressionante ver quanta gente dedicada e voluntária. Na cultura temos os voluntários parceiros para a realização de eventos. Estamos pensando, após o São João, tornar o Gonzagão um espaço aberto. Esse ano, vamos deixar, pelo menos, restaurada aquela primeira obra na frente do Gonzagão, pintar o entorno, com muita parceira, e deixar o Gonzagão aberto todos aos domingos. A gente tem que ajustar em outros cantos para sobrar e fazer isso. Discutimos como fazer a logística, como ajudar na bilheteria, e ser dividida entre os que tocarem. Estávamos certos que iríamos faze isso só com o forró, mas começaram as reivindicações do choro e do samba de raiz, que está faltando em Sergipe. Alguns grupos têm se apresentado em hotéis, de forma privada sem essa visibilidade porque não tem um espaço governamental. Não está sendo incluído na agenda do governo. Vamos deixar dois domingos para forró, um domingo para samba e um para o choro, após o São João. Para a construção do São João, neste ano, discutimos muito com a classe empresarial do estado. Fizemos reuniões no Sebrae, com a participação do Sistema S e estamos em uma construção entre governo e o mundo privado no sentido que precisamos fomentar o turismo, precisamos fortalecer nossa cultura. Resgatamos o selo que Rogério nos deixou que “Sergipe é o país do forró”, que foi tão forte, e estará em todas as obras, em todo plano de mídia que o estado está fazendo. O Sistema S também colocará “Sergipe é o país do forró” em tudo que fizerem para que gente tenha uma coisa em sintonia no ideário coletivo que está unido governo, empresários e artistas. Esse ano, o convite para o lançamento do São João foi o governo, o empresariado e o artista. Há dois meses, chamamos os artistas para ver quem queria discutir alguma coisa. Achávamos que iriam aparecer uns 30 e apareceram uns 100. Fizemos essa construção do modelo. Não teríamos suporte para todos os 100. Estamos fazendo um processo natural de seleção, que o governo já fazia, mas estamos fazendo pelo mérito do trabalho. Eu pedi os documentos institucionais dos artistas, os pessoais e uma obra. Colocamos uma equipe trabalhando três semanas para ouvir tudo. Eles se animaram muito com isso. O primeiro passo era avaliar o trabalho artístico. Escolhemos 66 de Sergipe e nove nacionais. Ficou acertado que teríamos recursos do Ministério do Turismo, mas o governador nos advertiu que isso poderia complicar. No final, disseram que iriam liberar R$ 400 mil para as bandas nacionais. Convidamos alguns artistas, mas ficamos tristes porque o ministério, que acolheu os nomes que apresentamos, não viabilizou os recursos até agora. Vamos fazer com os artistas daqui, com nossas pernas e com os recursos do estado. Não altera nada. Vamos trabalhar com os pés no chão. Os de fora seriam a cereja do bolo, mas o bolo está feito com nossos artistas. Vamos trabalhar com eles e teremos um grande São João.

A oposição ainda está no palanque?

Eu acho, mas a gente tem que ter a compreensão que é assim mesmo. A oposição só tem, para sobreviver, fazer críticas. Mas é importante que essas críticas existam apresentando soluções. Falar que tal ação na saúde não deveria ser assim, mas deveria ser de tal forma. Sugerir um jeito de fazer aquilo por outro viés. Eu passei muito tempo no parlamento e é fácil estar lá. Mas na hora de estarmos na gestão o que eu tenho de novo para trazer? Esse esforço eu estou fazendo para fazer diferente e avançar nas conquistas. Eu acho que o governo tem feito esse esforço. Belivaldo tem um jeito muito simples de se manifestar. um jeito muito transparente que a gente não estava acostumado. A gente está acostumado, na política, de sempre procurar um jeitinho para ser agradável. Belivaldo quer ser justo, franco. Ele quer que a pessoa olhe no olho dele. Tem político que ganha a eleição com o povo sabendo que ele não vai fazer nada do que prometeu, mas, às vezes, na hora de pedir o voto, ele fez alguma coisa que agrada pontualmente, mas você tem certeza que ele não vai fazer . O povo é sábio e sabe quando o político está falando com o coração. Foi isso que aconteceu na campanha de Belivaldo. Ele foi falando com as pessoas e elas foram se identificando. Ele está mostrando isso na gestão. Falam que é um absurdo ficar expondo ele mesmo as coisas do governo, mas essa e a forma dele de ser. Ele prometeu ser transparente, e age com transparência, sem falsidade; é o que importa. Se o que ele quer é acertar isso e o que importa, mesmo que seja um jeito divergente do que é comum até agora. Estamos vivendo um momento político que tanta coisa está acontecendo nos vários países, alguns com a cara muito forte de retrocesso, que tiveram presidentes mais avançados e estão entrando outros com um retrocesso muito grande. Precisamos ter um novo paradigma para política. Precisamos de políticos que não fiquem preocupados só em instituir novas leis. Precisamos de políticos que tenham capacidade de mostrar na sua vivência que eles agem de acordo com o que falam. Estamos vivendo essa época. Daqui pra frente será só isso. Não adianta jogar para a plateia, só criticar por criticar. Estamos vivendo um caos institucional, e precisamos descobrir um caminho com transparência. Estamos vivendo uma instabilidade total no país com perda de direitos conquistados nos últimos 50 anos. Um presidente que precisa que o Supremo diga a ele que ele não pode mudar determinadas coisas por decreto governamental. Não entende nem das instâncias de poder, mas foi votado pelo voto popular. Temos que respeitar, mesmo vendo esse retrocesso que pode acontecer. Direitos que são derrubados de uma hora para outra. Abertura de facilidades que a gente não compreende. Por que a carteira de motorista está sendo estendido o prazo de renovação? O que melhora para a cidadania? Estamos vivendo um momento que situação e oposição estão sentindo que precisamos de um paradigma novo, se não o povo vai nos deixar, porque não vai acreditar nos políticos. Vai ficar na bagunça sem querer respeitar os espaços reais de poder, todo mundo hoje se sente jornalista, diz o que quer, destrói a vida do outro. Precisamos de fortalecimento do parlamento, de avanços institucionais, fortalecimento dos espaços da Justiça, das instâncias de governabilidade de cada município até a Presidência da República. Eu torço muito que a gente encontre essa opção porque eu tenho muita fé no nosso jeito de ser. A gente fala que houve tantas guerras, mas se a gente apurar direito não participamos. Descobrimos um jeito de vencer essas adversidades. Não estou falando de santidade porque temos equívocos em todas as áreas profissionais. É humano. Precisamos avançar o humano, nos valores humanos. Estamos vivendo como que tudo está certo e nos distanciando dos valores. Em qualquer política pública que eu for eu sei o começo, meio e fim que vou fazer ali porque me coloco no lugar do outro. Empatia. Eu tenho que pensar o que eu quero na cultura, o que seria bom, qual a necessidade? Estamos vivendo um momento de grande oportunidade de retomarmos o crescimento, avanço político, administrativo, previdenciário, mas também o avanço humano. Qualidade de homens e mulheres na sociedade. Valores sendo retomados, a ética, os direitos humanos sendo retomados.

Como militante do PT, qual deve ser o papel do partido, nas próximas eleições, em 2020?

Eu fui presidente municipal do PT em Aracaju, fui presidente estadual, fui da direção executiva por muito tempo, mas falo hoje como militante: também estamos precisando rever nossa caminhada. A gente fala muito do coletivo, mas precisamos ver o indivíduo. Qual o nosso papel? Como contribuirmos com o que está acontecendo no estado e no país? Não torcermos pelo quanto pior melhor. Precisamos torcer para que exista um acerto e o povo sofra menos. Se existiu, no nosso entendimento de petistas, um equívoco na opção que o povo fez, precisamos ajudar esse povo a sair disso, deixando muito clara a nossa postura. Quando a coisa for ruim para o povo, a gente tem que ser contra e ser a favor quando a coisa for positiva. Nós precisamos entender o momento de cada eleição. Nessa última eleição, Belivaldo se elegeu do meio da campanha pra frente. Ficou muito claro que não é preciso sair (começar a campanha) tão cedo. Não é questão de tempo. Antes era assim. Sergipe é pequeno e todo mundo se conhece. Em quem você vai votar, no próximo ano, você já sabe hoje - e se tiver alguma coisa nova no meio do caminho, o que aconteceu com Belivaldo, muitas pessoas serão atraídas. Não precisa ficar de agora no palanque. O palanque passou. A gente já tem o conhecimento dos quadros políticos que estão aí para o próximo ano e vamos trabalhar. Mais na frente, começa a dialogar e ver como será o desenho político e como mexer nas peças desse xadrez.

Alguns petistas querem aliança com Edvaldo e outros candidatura própria. Qual seria a melhor escolha para o PT?

O PT está na administração do município de Aracaju, na administração do Governo do Estado e tem que trabalhar nesses espaços. Quando chegar na hora da definição de candidaturas, vamos ver o que acontece. Como a sociedade está nos acolhendo, e a gente avalia um pouco mais pra frente. Na hora que a gente definir candidatura, a gente tem que mudar o rumo e desocupar espaços, fazer outras ingerências na política diferente das que estamos hoje. Eu acho que tem tempo e cada dia com sua agonia. Acho que, hoje, é intensamente trabalharmos fazendo jus aos espaços que estamos ocupando. Aqueles que estão no parlamento também devem representar da melhor maneira possível e corresponder à confiança que o povo depositou com o voto popular. De qualquer forma, claro que é natural fazer opções e a política só cresce assim mesmo, quando se diverge em algum momento. É da natureza da política. Sabemos perfeitamente que em nível de Sergipe estamos com quadros semelhantes a nós nos ideais de ter uma sociedade mais justa, mais igualitária e mais feliz. Temos gestores que têm diretrizes semelhantes às nossas. Vamos ver como ter um discurso separado ou de estarmos junto por algum tempo porque a verdadeira divergência está do outro lado.

Quem defende candidatura própria precisa refletir que isso pode significar o isolamento do PT?

Não sei se teria isolamento ou não. Acho que o PT demonstrou muita força eleitoral diante da sociedade sergipana. Temos muitos quadros eleitos, temos senador, a vice-governadora, deputados. O PT tem força para sair só. Mas é preciso fazer a leitura historia contemporânea desse passo, que eu acho que requer um pouco de tempo mais pra frente. Não é pensar como Conceição vai se dar melhor. Mas como avançar numa política desse ideal que a gente defende, como fortalecer esse campo. É preciso pensar coletivamente na hora de uma definição. Por isso que eu acho cedo a gente falar agora. Estamos saindo de uma eleição não tem seis meses. É preciso caminhar um pouco mais. A gente acha que se não ficar falando, não vai ser lembrado pelo povo. Nosso partido tem essa beleza, essa força de poder ter espaço de debates, de construção, mas de respeito que o partido mais na frente decide. É legítimo se posicionar. Só não pode sofrer tanto de agora porque a coisa é mais na frente ainda.

Quem está de fora tem a sensação que falta um líder ao PT como o saudoso Marcelo Déda... Mas um líder com o perfil de Déda não é fácil encontrar...

Eu acho que a gente está vivendo essa experiência nova como se fosse cada pessoa pensando individualmente e depois se unem todas. Todo mundo achando que é do mesmo tamanho do outro, a mesma capacidade de formulação e de interlocução com a sociedade. A gente ficou sem essa liderança, mas essa é uma problemática que não está só em Sergipe. Está no PT nacional, na política nacional também. Nosso presidente não é um líder. Não temos uma liderança nacional. Gostem ou não, as pessoas têm que respeitar que Lula é um líder. Eu acho que a história humana em determinados momentos a natureza mostra que é preciso ter alguém com uma força diferenciada. Temos alguns expoentes como Ghandi, Luthrking, que em determinados momentos vêm com uma força diferenciada pra servir de guia pra um contingente da sociedade, e eles vêm mais a serviço da minoria. Lula tem essa coisa em si. A força que Marcelo Déda falava era maior que ele, e olhe que há uma distância grande entre Lula e Marcelo Déda, na minha concepção. O que ele inspirava ao falar era maior que a pessoa dele. Ele tinha uma coisa maior que neutralizava os defeitos. Não é possível que tantos dirigentes nos países espalhados pelo mundo inteiro respeitem esse homem, de diferentes correntes políticas que tantas denominações religiosas respeitem e vejam nele uma diferença. Ficam dizendo que ele é manhoso, ladrão, mas tem tanta gente pra descobrir esse erros todos dele... E ele é sábio tanto assim que engana todo mundo até hoje? São coisas muito efêmeras e o que a gente tem escutado de alguns políticos batem muitas vezes no que a Justiça tem falado de Lula e ninguém manda nem prender, e se prender solta. Se fosse Lula ou se fosse do PT, já estaria destituído do cargo. Sabemos que existem outras coisas por trás. A sociedade se incomoda com a sensação de liberdade que todo mundo possa ter, direitos iguais que as pessoas possam ter, acesso ao conhecimento. Quando eu digo que Lula transcende uma pessoa, Lula é uma ideia. É um jeito, uma concepção de sociedade. Tem a força de sozinho sair conquistando mentes e corações pra lhe seguir a ponto de fazer a transformação sócio cultural que fez nesse país. Quando eu disse que alguns se incomodam com esse crescimento e com a capacidade do homem comum e pobre, sertanejo, do trabalhador rural, do sem terra ter concepção e oportunidade de estudo, ninguém fez mais pela sociedade brasileira do que Lula. Os direitos das políticas de habitação, a política de renda, a concepção de saúde. Ele fica se colocando no lugar do brasileiro. É com essa concepção que ele foi capaz de fazer o dinheiro multiplicar. Ficam dizendo que Lula roubou, mas foi quem mais incluiu, quem mais no seu governo se teve mais universidades abertas, mais oportunidades de moradia, o Brasil se credenciou pelo mundo, o presidente dos Estados Unidos disse que Lula era o cara. Isso é muita coisa e a elite brasileira que estudou na França, nos Estados Unidos e não é capaz de ter essa interlocução e essa inteligência viva. Um nordestino pobre. São essas coisas que a gente tem que conceber, goste ou não. Ele sinalizou pra o povo o que é ser cidadão. O Brasil parou de mendigar. Hoje, o presidente viaja e tem dirigente de país que se afasta e faz de conta que não está pra não receber. Lula o povo corria pra receber. Eu quero mostrar que as instituições têm suas coisas positivas e negativas, tem suas divergências, mas conseguem respeitar quem tem algo liderança e quem tem algo do bem pra fazer. Isso é que o mundo fez diante de Lula. Seus defeitos são bem menores do que sua capacidade de mudar a vida do povo.

Mais Notícias de Joedson Telles
16/11/2021  07h15 "Não vou procurar outro caminho", diz Laércio
Bolsonaro não tem preparo, avalia cientista político
11/10/2021  09h08 Bolsonaro não tem preparo, avalia cientista político
26/09/2021  09h05 "A OAB/SE permaneceu inerte quando os advogados mais precisaram de proteção"
12/09/2021  08h42 "Vou para vencer", afirma Valmir de Francisquinho sobre 2022
22/08/2021  08h03 "Valmir é o melhor político de Sergipe", diz Adailton Sousa
F5 News Copyright © 2010-2024 F5 News - Sergipe Atualizado