MP consegue na Justiça atear fogo na lona do circo de Sukita | Joedson Telles | F5 News - Sergipe Atualizado

MP consegue na Justiça atear fogo na lona do circo de Sukita
Blogs e Colunas | Joedson Telles 25/06/2018 19h44 - Atualizado em 25/06/2018 19h53

Em momento oportuno, a Justiça nocauteia a mosca, mais uma vez, ao acatar uma atilada Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público para impedir que a Prefeitura de Capela, sob a batuta do insensato Sukita, cuja esposa é prefeita daquele município, torre o suado dinheiro do contribuinte em festa. O circo, ao menos por ora, está desmanchado.  

Uma liminar proíbe a realização do São Pedro que, evidentemente, teria como objetivo principal anestesiar desavisados e assegurar o palanque para campanha eleitoral antecipada. Ou algum mortal que conhece, minimamente, a política genuína nutre alguma ponta de dúvida que Sukita planejou ter Bell, Flávio José, Avião e outros que cobram elevados cachês atraindo pessoas para o comício? Um disfarce aqui, uma maquiada ali, mas, no fundo, um palanque para Sukita e quem tem coragem de se misturar com ele terem contato com o eleitor.  

Sukita, e escrevo Sukita por entender que ele corta o baralho e manda distribuir as cartas, em Capela, tenta derrubar a liminar. Alega que os vencimentos dos servidores estão em dias e que os recursos estão sendo investidos em educação, saúde e demais áreas como manda a lei.

Ou seja, o MP não deveria meter o nariz onde não é chamado. Certo? De forma alguma. O MP está certíssimo. Tem a obrigação de fiscalizar, sim senhor. É dinheiro público. Não apenas pelo histórico de outras festas realizadas pelo poder público em Sergipe, mas, sobretudo, por se tratar de Sukita e sua trajetória.

Além disso, ainda que Sukita prove que, de fato, fez o dever de casa, duvido que não existam outras prioridades. Sempre existem.       

Aliás, o Ministério Público, o Tribunal de Contas e outros órgãos fiscalizadores deveriam acabar com a desfaçatez de prefeito realizar festa para fazer a média com eleitor, mesmo com o município em estado de caos.

Passa da hora de limitar em, mais ou menos, 20% do custo geral de qualquer festa o uso do dinheiro público. Assim mesmo, o gestor só estaria liberado quando critérios rigorosamente pré-estabelecidos fossem preenchidos – como vencimento de servidor em dia e saúde e educação de qualidade. Quer fazer festa? Ótimo. Busque parcerias com a iniciativa privada e mande brasa.

Vencida esta etapa, é necessário que se estabeleça (e não se abra mão de aplicar) multas pesadas para qualquer candidato, que se dizendo pré-candidato use dinheiro público para atrair eleitores para os comícios disfarçados de festa.    

Evidente que seria bom se o eleitor em sua integralidade entendesse o jogo e extirpasse da vida pública quem usa de tais práticas cínicas e nada republicanas. Na carona, também desse cartão vermelho a qualquer ficha suja. Entretanto, como seria pedir demais, imaginar 100% do eleitorado com discernimento para filtrar a malandragem, resta aos lúcidos contar com o trabalho sério dos órgãos fiscalizadores e da Justiça.

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