Colham, o tratorista sumiu!
Blogs e Colunas | Haroldo Araújo Filho 31/05/2019 14h52 - Atualizado em 03/06/2019 11h02Graças ao avanço tecnológico, o mundo tem mudado em velocidade inigualável e jamais vista em sua existência.
Especificamente no setor produtivo rural, tal progresso tem fomentado exponencialmente sua evolução. Graças às novas tecnologias foi possível surgir modernos e eficientes implementos e insumos, cultivares mais produtivos e manejos culturais mais adequados, proporcionando assim números recordes de produtividade.
Esse avanço tecnológico adentra em uma nova era, onde o uso de um conjunto de técnicas e tecnologias, como inteligência artificial, robótica, nanotecnologia, geoestatística e startups do agronegócio, chamadas de “agritechs”, tem proporcionado o desenvolvimento da Agricultura de Precisão (AP).
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) define esse modelo como um sistema de manejo integrado de informações e tecnologias, fundamentado nos conceitos de que as variabilidades de espaço e tempo influenciam nos rendimentos dos cultivos.
Podemos encontrar essas tecnologias em várias ferramentas, dentre elas:
- Nos veículos aéreos não tripulados (VANTs), também chamados de Drones, os quais, através de sensoriamento remoto, podem desempenhar diversas atividades, como monitorar a evolução vegetativa das lavouras, detectar pragas e doenças e gerar informações para identificação topográfica das áreas;
- Na automação de sistemas de irrigação, detectando a real necessidade de água pela lavoura, por consequência, economia desse importante recurso natural;
- No uso do Sistema de Posicionamento Global (GPS) pelos diversos sistemas de direção automática nos cultivos, evitando, por exemplo, falhas na uniformidade de plantio;
- Na robótica, com os já existentes protótipos de tratores não tripulados, que em breve serão comercializados, os quais maximizarão a eficiência, pois não serão apenas autônomos na direção, mas serão capazes se autorregular e tomar decisões no campo através da inteligência artificial;
- Na internet das coisas (IoT), proporcionando redução do desperdício e aumento da produtividade, como no uso de um tipo de assistente virtual que avisará: “não faça aplicação agora porque vai chover e você vai perder o produto”.
A utilização de toda essa tecnologia visa aumentar a produtividade, balizada na sustentabilidade ambiental, uma exigência da sociedade moderna.
Desta forma, a era da Agricultura de Precisão ainda mudará muito mais o setor rural, como nunca visto em sua história, por isso é necessário que os envolvidos se preparem para os novos tempos, a partir da profissionalização da atividade, do aperfeiçoamento da mão-de-obra e das adequações necessárias na legislação. Mas é necessário torcer para que a inteligência artificial não domine o Homo Sapiens. Mas aí é uma outra história, no campo da ética e da filosofia.
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Engenheiro Agrônomo do Incra/Ministério da Agricultura, formado pela Universidade Federal de Sergipe, pós-graduado em Irrigação (UFS). Secretário de agricultura de Riachão do Dantas (2005-2007); Superintendente regional do Incra em Sergipe ( 2016-2017); Delegado da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário em Sergipe (2017); superintendente do Ministério da Agricultura (2019-2023). Antes de ingressar no serviço público atuou em empresas comerciais do ramo agropecuário.
E-mail: hafaraujo@yahoo.com.br
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